O mais alto órgão político da oposição síria no exílio, a Coligação Nacional Síria (CNFROS), anunciou hoje estar a trabalhar para concluir a transferência do poder no país para um órgão governamental de transição com pleno poder executivo".
"A Coligação Nacional confirma à comunidade internacional que continua a trabalhar para completar a transferência de poder para um órgão governamental de transição com plenos poderes executivos, para alcançar uma Síria livre, democrática e pluralista", afirmou num comunicado.
O CNFROS declarou também o seu "interesse na segurança dos países vizinhos e na não interferência dos sírios nos países vizinhos".
Na nota refere ainda que "espera estabelecer parcerias estratégicas com países da região e do mundo com o objetivo de reconstruir novamente a Síria, para todo o seu povo, independentemente da sua etnia, religião ou seita".
O CNFROS felicita ainda o povo sírio, pela libertação da Síria de Al Assad, após 14 anos de luta pacífica e armada, pela liberdade, dignidade, democracia, justiça e uma vida segura e digna.
"A grande revolução síria quebrou décadas de tirania e opressão e criou um novo nascimento para a grande Síria. Hoje passou da fase da luta para derrubar o regime de Al Assad para a luta para construirmos juntos uma Síria digna", disse.
Por esta razão, apelou aos cidadãos "de todas as províncias sírias para que tomem o máximo cuidado com os bens públicos, edifícios e instalações de todos os tipos, uma vez que pertencem ao povo e não ao regime terrorista de Bashar al Assad".
Os insurgentes declararam hoje Damasco `livre` do presidente Bashar al-Assad, após 12 dias de ofensiva de uma coligação liderada pelo grupo islâmico Organização de Libertação do Levante, juntamente com outras fações apoiadas pela Turquia, para derrotar o governo sírio.
O Presidente sírio deixou o país, perante a ofensiva rebelde, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
O OSDH, com sede em Londres e rede de informadores na Síria, já tinha indicado que, face ao avanço das forças rebeldes, o exército e as forças de segurança tinham abandonado o aeroporto de Damasco.